22 de set. de 2008

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PARTE VI - Da Definição de Felicidade: “Estar Feliz” e “Ser Feliz”.

Qualquer que seja o propósito último da existência humana, uma coisa é certa: o propósito terreno das pessoas de carne e osso em qualquer lugar do planeta é alcançar a felicidade e fazer o melhor de que são capazes de suas vidas.
Por Neilton Lima*
*Professor, pedagogo e pós-graduando em psicopedagogia.

Não pensem que transcorrer sobre a felicidade seja algo fácil. O termo é vago, escorregadio, relativo, incerto, traiçoeiro... Não dá para ser tão claro e objetivo, no entanto, também não dá para ficar calado sobre o assunto. É preciso refletir e debater, porque “a realidade objetiva não é toda realidade – é apenas parte dela”. E, aliás, a felicidade é uma preocupação universal da humanidade.
Se eu propusesse definir formalmente e por inteiro o termo felicidade, estaria sendo pretensioso e sujeito a contestação e objeções. Mas na linguagem comum se usa muito essa palavra, então vamos pelo menos tentar esclarecer alguns dos significados que a ela se atribui:
1) A felicidade como uma sensação local (estar feliz). Quando algo em particular deixa uma pessoa mais satisfeita do que estava antes. Por exemplo: quando o time pessoal ganha a Copa ou a pessoa consegue um emprego isso lhe traz felicidade;
2) A felicidade como manifestação espontânea de um momento, sem motivos específicos. Alguém simplesmente pode estar sentindo uma sensação de contentamento e bem-estar agora. Nesse sentido, dizemos também que essa pessoa “estar feliz”;
3) A felicidade como satisfação positiva da vida avaliada em seu conjunto. As oportunidades recebidas, as escolhas feitas e as experiências vividas foram mais significativas que negativas. Nesse sentido a felicidade não é apenas uma sensação local (estar feliz), mas um componente reflexivo calcado numa avaliação global da vida (ser feliz).
Logo, estar feliz é uma coisa de momento; e ser feliz é uma dimensão de vida. A pessoa que é feliz tem na vida uma significativa soma de momentos de felicidade. O sentido de felicidade que defendo é o do grau de satisfação global com a vida que se tem – o ser feliz mais que o estar feliz. Uma existência plena, harmoniosa e serena parte da aceitação dos nossos limites pessoais e humanos, a autodisciplina interior e a pacificação dos desejos pela reflexão filosófica e a vida contemplativa.

Ser feliz é ter os pés no chão, mas os olhos mirando as estrelas.

Aquele Abraço!

REFERÊNCIA:

GIANNETTI, Eduardo. Felicidade: diálogos sobre o bem-estar na civilização. – São Paulo: Companhia das Letras, 2002.

Alessandro Arnesy

Autor & Editor

Eix redator do programa 60 minutos. Hoje trabalha no MP e mantem esse blog com publicações periodicas.

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