19 de set. de 2008

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PARTE IV: A Felicidade como uma Questão Política.

Por Neilton Lima*
*Professor, pedagogo e pós-graduando em Psicopedagogia.

É complicado tratar de política porque historicamente ela apresenta significados diferentes. Porém, de modo geral, é possível entendê-la como luta pelo poder. Política vem de pólis que significa “cidade”. A política é a arte de governar, de gerir o destino da cidade. Desse modo, o político é aquele que atua na vida pública e é investido do poder de imprimir determinado rumo à sociedade.
Durante a Idade Média o poder estava concentrado nos nobres, reis, parlamentos, papas, concílios ou imperadores; na Idade Moderna o poder é centralizado no Estado. Isso significa que é a máquina estatal gerida por um aparato administrativo burocrático quem faz e aplica as leis, recolhe os impostos e tem um exército prontinho para “manter a ordem”. Vale ressaltar que essa ordem só será legítima se houver consentimento daqueles que obedecem.
Assim, nos Estados Teocráticos o poder vem da vontade de Deus; nas Monarquias Hereditárias o poder surge da tradição; nos Governos Aristocráticos parte da eli
te dos ricos e nobres; e, na Democracia, o poder deriva do consenso da vontade do povo.
Quem faz política execre poder sobre alguém porque o influencia pela força física ou ideológica. Logo, o poder é ou está na relação humana. Um exército que obedece ao Estado, por exemplo, exerce poder pela força física. As leis e normas criadas pelo Estado exercem poder sobre os cidadãos pela força ideológica. Só há liberdade onde reina o poder se esse for legítimo e obedecido voluntariamente pelos concidadãos. Do contrário, será algo imposto logo uma tirania.

Visto assim, a felicidade na política é possível se o cidadão for capaz de decidir conjuntamente os destinos da sua cidade. Para isso precisa atuar, debater, votar com consciência e fiscalizar ativamente o plano de governo do seu candidato. Embora nosso sistema político seja o de democracia representativa (somos representados por lideranças políticas, como presidente e prefeitos), não podemos perder de vista a prática da democracia direta. Ou seja, nosso voto é a nossa arma de poder, através dele colocamos e tiramos nossos representantes do poder, a depender do cumprimento fiel e sério das propostas e dos projetos coletivos, nunca particulares.

O voto não morre na urna, permanece no acompanhamento ativo do mandato político por todos nós, prática chamada cidadania. Sendo assim, estaremos praticando e aprendendo a virtude da qual fala Aristóteles: “[...] a finalidade da vida política é o melhor dos fins, e que o principal empenho dessa ciência é fazer com que os cidadãos sejam bons e capazes de nobres ações.” Eu complementaria: Para que os cidadãos construam uma sociedade e uma vida felizes.

Aquele Abraço!


REFERÊNCIAS:

ARANHA, Maria Lúcia de Arruda; & MARTINS, Maria Helena Pires. Filosofando: introdução à filosofia. – São Paulo: Moderna, 1993.

ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco. Martin Claret: 2003.

FOTOS. Banco de imagens: segurando, político, campanha, botões. Endereço eletrônico:
http://www.fotosearch.com.br/fotos-imagens/política.html

Alessandro Arnesy

Autor & Editor

Eix redator do programa 60 minutos. Hoje trabalha no MP e mantem esse blog com publicações periodicas.

1 comentários:

  1. felicidade todos nos queremso alcançar , seja na polítca, seja no nosso ciclo social, seja na vida amorosa.. queria que fizesse se possivela FELICIDADE NA VIDA AMOROSA..gostei de todos valeu cara...

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