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13 de dez. de 2008
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12 de dez. de 2008
SOBRE A AMIZADE
Por Neilton Lima*
*Professor, pedagogo e pós-graduando em Psicopedagogia.
"A amizade é haver uma alma em dois corpos."
“Nem mesmo o mais justo dos homens seria plenamente feliz sem amigos.”
(Aristóteles)
Muitas vezes, apressadamente, chamamos alguém de “amigo”. Toda essa pressa nos faz esquecer de que para a existência da amizade é preciso haver reciprocidade nas relações. Assim, entre os humanos ela é movida por sentimentos e pela razão. A pedido de um dos leitores do nosso blogger, aqui está boa parte do que precisamos saber a respeito do tema.
A amizade é um tipo de amor definido pelos gregos de Philia. Este sentimento é caracterizado pela benevolência ativa e mútua, companheirismo, equidade e estima entre seres. Isto é, “cada um dos amigos querendo o que é bom para o outro”. Logo, “a amizade é uma afecção do impulso, responsável por sentimentos agradáveis ou penosos em relação a outra pessoa”.
Existem três tipos de amizade: a amizade por interesse, a amizade pelo prazer e a amizade pela boa vontade. Na amizade pelo interesse os amigos se amam por causa de algum proveito que pode tirar do outro, como status, segurança ou dinheiro. Na amizade por prazer funciona assim: “posso ser amigo de alguém porque me sinto mais bonito que ele e, portanto, me sinto bem”, ou seja, não amo meu amigo por si mesmo, mas o amo porque é um meio para minha satisfação própria. O terceiro tipo e mais elevada forma de amizade, a amizade pela boa vontade, dá conteúdo para o que se segue.
O pensador grego Plutarco disse que a essência da amizade é exatamente o gosto pelas mesmas coisas que dividimos com outra pessoa. Ele se esforçou para diferenciar o amigo do bajulador, isto é, aquela pessoa carregada de elogios envaidecedores. Segundo o pensador, o bajulador é um imitador barato, só consegue reproduzir aquilo que é mau, promete aquilo que não é capaz de fazer, sempre tenta destacar em público aquele a quem deseja agradar, sempre serve a quem pode lhe satisfazer os desejos, a visão está sempre na aparência das coisas e nunca é franco com alguém. Enfim, o bajulador é um falso amigo que se serve da sedução para mexer com o orgulho e a vaidade de quem ele supostamente julga ser um amigo. Claro, o verdadeiro amigo não é assim. Vejamos então do que se trata a verdadeira amizade.
Dizem que os opostos se atraem. O filósofo Heráclito de Éfeso pensou a amizade como uma forma de união. Essa união acontece quando a pessoa busca no amigo aquilo que ele tem de bom, portanto a vontade de se tornar alguém melhor. Temos aqui uma espécie de egoísmo positivo.
Conforme o filósofo Aristóteles, a amizade existe entre os animais, como o cão, e neles é um sentimento natural. Entre os seres humanos, a amizade está relacionada com a justiça, pois entre amigos há “a consciência do dever de retribuir os benefícios recebidos”. Isso significa que nós gozamos de racionalidade para estabelecer nossas relAÇÕES amistosas, os outros animais, não. E é justamente nossa razão, guiada pelos princípios virtuosos da justiça e da lealdade, que conquistam o amigo.
Na nossa ação damos ao outro a possibilidade de nos julgar. Temos o direito natural de sentirmos raiva, prazer, medo... Mas os modos como os manifestamos nas ações é algo que passa por nossas escolhas. Por isso dizemos que na relação entre amigos não deixa de existir os sentimentos de raiva, medo e prazer, entre outros, mas nas formas ou reações em que se exprimem é que não dá espaço para a crueldade e a maldade. Visto assim, a pessoa que mente, omite, causa prejuízos ou comete atos insanos e danosos, hostilidades, vícios, extremos e bajulações nas relações humanas, cultiva a falsa amizade.
“Não há amigo sem prova ou amigo de um só dia”. O amigo se revela na ação bela, útil e prazerosa. Por isso dizemos aqui que a amizade nasce nas relações que as pessoas estabelecem com base em algo que estimam conjuntamente: o bom, o prazeroso, o vantajoso. Assim, para ser amigo de verdade, é preciso ser cúmplice de ideais.
Quando uma das partes age exclusivamente em proveito próprio, não temos a amizade. Pois vimos que a amizade implica uma identidade ou coincidência entre pessoas, o prazer em si mesmo de estar com o outro (amizade perfeita) ou ainda a um fim relativamente comum que dá o retorno a ambas as partes. “Na amizade perfeita, os amigos escolhem um ao outro em razão do que eles são em si mesmos, ou seja, eles são bons absolutamente”.
Sumariamente, vou concluir para você, amigo leitor, o que é preciso para haver um “bolo” de amigos ou a “receita” do sentimento da amizade verdadeira. Os ingredientes são: franqueza em boa medida; benevolência mútua, isto é, que ambos se queiram bem, queiram o bem para o outro e são capazes de por em prática esse bem na medida do possível; o cumprimento de direitos e deveres de ambas as partes; ambos serem justos, logo, virtuosos; retribuir positivamente os benefícios recebidos; compartilhar algo, respeitando o princípio da equidade; a busca de objetivos e benefícios conjuntos; de ações boas para o amigo, tempo e atitude recíproca para ele; ajuda nos momentos difíceis ou na convivência, por ser prazeroso.
Muitas vezes a amizade acontece do nada, outras vezes é construída com anos de dedicação ao outro. Para todas as formas, ela é um sentimento humanamente frágil. Por isso, ter amigos é um exercício de cuidado. “Ao escolhermos um amigo, temos com ele um sentimento de afeição, respeito, carinho e consideração. (...) a amizade tolera e aceita as diferenças e tenta compreender os percursos do outro. Pede fidelidade, sem exclusividade”.
Posso dizer com segurança que um dos princípios que fundamenta o nosso blogger é o da amizade. O Despolitizado dispensa tempo e dedicação nessas matérias para mostrar a todos que o nosso desejo é o de viver bem juntos. Se desenhamos ou escrevemos, se brincamos ou falamos sério, temos todos a finalidade de trazer à consciência política dos nossos leitores a importância de viver bem juntos. E é isso porque lutamos e desejamos para todos, neste ano, no ano novo que se aproxima e para toda a vida!
Aquele Abraço!
*Professor, pedagogo e pós-graduando em Psicopedagogia.
"A amizade é haver uma alma em dois corpos."
“Nem mesmo o mais justo dos homens seria plenamente feliz sem amigos.”
(Aristóteles)
Muitas vezes, apressadamente, chamamos alguém de “amigo”. Toda essa pressa nos faz esquecer de que para a existência da amizade é preciso haver reciprocidade nas relações. Assim, entre os humanos ela é movida por sentimentos e pela razão. A pedido de um dos leitores do nosso blogger, aqui está boa parte do que precisamos saber a respeito do tema.
A amizade é um tipo de amor definido pelos gregos de Philia. Este sentimento é caracterizado pela benevolência ativa e mútua, companheirismo, equidade e estima entre seres. Isto é, “cada um dos amigos querendo o que é bom para o outro”. Logo, “a amizade é uma afecção do impulso, responsável por sentimentos agradáveis ou penosos em relação a outra pessoa”.
Existem três tipos de amizade: a amizade por interesse, a amizade pelo prazer e a amizade pela boa vontade. Na amizade pelo interesse os amigos se amam por causa de algum proveito que pode tirar do outro, como status, segurança ou dinheiro. Na amizade por prazer funciona assim: “posso ser amigo de alguém porque me sinto mais bonito que ele e, portanto, me sinto bem”, ou seja, não amo meu amigo por si mesmo, mas o amo porque é um meio para minha satisfação própria. O terceiro tipo e mais elevada forma de amizade, a amizade pela boa vontade, dá conteúdo para o que se segue.
O pensador grego Plutarco disse que a essência da amizade é exatamente o gosto pelas mesmas coisas que dividimos com outra pessoa. Ele se esforçou para diferenciar o amigo do bajulador, isto é, aquela pessoa carregada de elogios envaidecedores. Segundo o pensador, o bajulador é um imitador barato, só consegue reproduzir aquilo que é mau, promete aquilo que não é capaz de fazer, sempre tenta destacar em público aquele a quem deseja agradar, sempre serve a quem pode lhe satisfazer os desejos, a visão está sempre na aparência das coisas e nunca é franco com alguém. Enfim, o bajulador é um falso amigo que se serve da sedução para mexer com o orgulho e a vaidade de quem ele supostamente julga ser um amigo. Claro, o verdadeiro amigo não é assim. Vejamos então do que se trata a verdadeira amizade.
Dizem que os opostos se atraem. O filósofo Heráclito de Éfeso pensou a amizade como uma forma de união. Essa união acontece quando a pessoa busca no amigo aquilo que ele tem de bom, portanto a vontade de se tornar alguém melhor. Temos aqui uma espécie de egoísmo positivo.
Conforme o filósofo Aristóteles, a amizade existe entre os animais, como o cão, e neles é um sentimento natural. Entre os seres humanos, a amizade está relacionada com a justiça, pois entre amigos há “a consciência do dever de retribuir os benefícios recebidos”. Isso significa que nós gozamos de racionalidade para estabelecer nossas relAÇÕES amistosas, os outros animais, não. E é justamente nossa razão, guiada pelos princípios virtuosos da justiça e da lealdade, que conquistam o amigo.
Na nossa ação damos ao outro a possibilidade de nos julgar. Temos o direito natural de sentirmos raiva, prazer, medo... Mas os modos como os manifestamos nas ações é algo que passa por nossas escolhas. Por isso dizemos que na relação entre amigos não deixa de existir os sentimentos de raiva, medo e prazer, entre outros, mas nas formas ou reações em que se exprimem é que não dá espaço para a crueldade e a maldade. Visto assim, a pessoa que mente, omite, causa prejuízos ou comete atos insanos e danosos, hostilidades, vícios, extremos e bajulações nas relações humanas, cultiva a falsa amizade.
“Não há amigo sem prova ou amigo de um só dia”. O amigo se revela na ação bela, útil e prazerosa. Por isso dizemos aqui que a amizade nasce nas relações que as pessoas estabelecem com base em algo que estimam conjuntamente: o bom, o prazeroso, o vantajoso. Assim, para ser amigo de verdade, é preciso ser cúmplice de ideais.
Quando uma das partes age exclusivamente em proveito próprio, não temos a amizade. Pois vimos que a amizade implica uma identidade ou coincidência entre pessoas, o prazer em si mesmo de estar com o outro (amizade perfeita) ou ainda a um fim relativamente comum que dá o retorno a ambas as partes. “Na amizade perfeita, os amigos escolhem um ao outro em razão do que eles são em si mesmos, ou seja, eles são bons absolutamente”.
Sumariamente, vou concluir para você, amigo leitor, o que é preciso para haver um “bolo” de amigos ou a “receita” do sentimento da amizade verdadeira. Os ingredientes são: franqueza em boa medida; benevolência mútua, isto é, que ambos se queiram bem, queiram o bem para o outro e são capazes de por em prática esse bem na medida do possível; o cumprimento de direitos e deveres de ambas as partes; ambos serem justos, logo, virtuosos; retribuir positivamente os benefícios recebidos; compartilhar algo, respeitando o princípio da equidade; a busca de objetivos e benefícios conjuntos; de ações boas para o amigo, tempo e atitude recíproca para ele; ajuda nos momentos difíceis ou na convivência, por ser prazeroso.
Muitas vezes a amizade acontece do nada, outras vezes é construída com anos de dedicação ao outro. Para todas as formas, ela é um sentimento humanamente frágil. Por isso, ter amigos é um exercício de cuidado. “Ao escolhermos um amigo, temos com ele um sentimento de afeição, respeito, carinho e consideração. (...) a amizade tolera e aceita as diferenças e tenta compreender os percursos do outro. Pede fidelidade, sem exclusividade”.
Posso dizer com segurança que um dos princípios que fundamenta o nosso blogger é o da amizade. O Despolitizado dispensa tempo e dedicação nessas matérias para mostrar a todos que o nosso desejo é o de viver bem juntos. Se desenhamos ou escrevemos, se brincamos ou falamos sério, temos todos a finalidade de trazer à consciência política dos nossos leitores a importância de viver bem juntos. E é isso porque lutamos e desejamos para todos, neste ano, no ano novo que se aproxima e para toda a vida!
Próximos capítulos:A Favorita
Próximos capítulos: 08/12/2008 a 13/12/2008
Sexta-feira, 12/12/2008
Gonçalo tem ataque fulminante!
Dodi e Gonçalo discutem e o empresário se sente mal. Flora descobre que está presa no rancho, ao saber pelos seguranças que Gonçalo deu ordens para não deixar ninguém entrar ou sair de sua casa. Flora desconfia que Dodi entregou o DVD para Gonçalo. Gonçalo prepara um banquete para Flora. Sem saber as reais intenções do empresário, a vilã fica tensa. Gonçalo aterroriza Flora com frases de duplo sentido, mas acaba revelando à vilã que descobriu tudo e exige que ela confesse seus crimes. Flora nega todas as acusações, mas ele não acredita. Donatela e Halley conversam sobe Marcelo. Silveirinha tenta sair do rancho, mas é impedido pelo segurança. Flora tenta convencer Gonçalo de sua inocência. Gonçalo e Flora discutem cercados por um clima tenso. Nervosa, Flora volta para casa escoltada por um segurança e conta para Silveirinha que Dodi entregou o DVD para Gonçalo. Ao perceber que Flora ainda quer vingança, Silveirinha tenta fazê-la voltar à razão dizendo que a única saída deles é a fuga. Os dois se desentendem. Silveirinha se desespera quando Flora resolve procurar Pimentel. Dodi e Manu fazem as malas para viajar. Cilene joga o tarô e não gosta do que vê nas cartas. Halley tranqüiliza Cilene e diz que o plano de Gonçalo vai dar certo. Gonçalo prepara a mala com a quantia exigida por Dodi. Pimentel assiste a tudo. Gonçalo encontra Dodi e troca o dinheiro pelo DVD. Flora tenta convencer Silveirinha a ajudá-lo no plano contra Gonçalo e liga para Pimentel. Gonçalo desista de ir à polícia e fica desesperado quando Pimentel afirma que Irene e Lara estão no rancho, e que a neta está em prantos. Donatela está aflita, aguardando notícias de Gonçalo. Durante a viagem, Irene comenta com Lara que sente saudades de Gonçalo. Gonçalo entra no rancho à procura de Irene e Lara. Flora aterroriza Gonçalo e insinua que Irene e Lara estão mortas. Gonçalo vê rastros de sangue e tem um ataque cardíaco fulminante.
Sábado, 13/12/2008
Lara culpa Flora por desgraças!
Flora e Silveirinha se livram dos vestígios do assassinato de Gonçalo. Halley, Zé Bob e Donatela ficam aflitos por não conseguirem fazer contato com Gonçalo. Halley resolve ligar para o rancho à procura do avô, mas Pimentel diz que ele chegou cansado e foi dormir. Flora e Silveirinha recuperam o DVD. Silveirinha lembra a Flora que Gonçalo sacou uma grande quantia em dinheiro para Dodi. Flora diz a Lara e Irene que Gonçalo sofreu um enfarte enquanto dormia. As duas se desesperam. Lara culpa Flora por todas as desgraças que estão acontecendo a sua família. Norton conta a Halley que Gonçalo faleceu por conta de um ataque cardíaco sofrido durante o sono. A notícia chega a Donatela e Zé Bob. Donatela não tem dúvidas de que Flora provocou a morte de Gonçalo. Dodi flagra Manu abrindo a bolsa de dólares e desconfia que ela tem intenção de traí-lo. Romildo se emociona ao visitar Alícia no hospital. Céu acha que Orlandinho está com um comportamento mais masculino. Romildo perde perdão a Didu por não ter sido um bom pai para ele e Alícia. Diva cita a confissão pública de Romildo para tentar convencer Elias de que pessoas como ela e o político podem mudar em nome do amor que sentem pelos filhos. Dedina enfrenta dificuldades na convivência com Damião. Augusto fica enciumado ao saber que Diva está morando com Elias e chora ao perceber que sempre amou uma ilusão. Shiva o consola. Dodi fica surpreso com a notícia da morte de Gonçalo e teme que Flora e a polícia venham persegui-lo. Lara se desculpa com Flora por tê-la destratado em meio ao desespero causado pela morte de Gonçalo. Norton revela a Irene que Gonçalo ordenou um saque de uma grande quantia em dólares pouco antes de morrer para dar a Dodi. Irene e Lara ficam surpresas com a informação.
Próximos capítulos: 15/12/2008 a 20/12/2008
Segunda-feira, 15/12/2008
Lara pergunta a Flora se ela matou Gonçalo
Norton conta para Irene que Gonçalo foi ao encontro de Dodi levando os 20 milhões de dólares. Lara desconfia de Dodi e promete se vingar pela morte do avô. Catarina incentiva Cida a procurar Juca. Copola fica chocado quando Lorena conta sobre a morte de Gonçalo e Cassiano vai consolar Lara. Halley desconfia de Flora e promete se vingar, deixando Cilene preocupada. Zé Bob, Pedro e Halley resolvem ir ao enterro de Gonçalo. Flora manda Silveirinha falar com Pimentel para redobrar a segurança do rancho, temendo a entrada de Zé Bob, Pedro e Halley. Norton dispensa os operários da fábrica por um dia. Leo entra no restaurante embriagado e provoca Stela. Catarina o ameaça e o expulsa do restaurante. Catarina abraça Stela e diz que não ficará mais com Leo. Gurgel visita Romildo na prisão. Orlandinho se envolve em uma briga com dois rapazes por ciúme de Céu. Pimentel evita a entrada de Halley, Zé Bob, Pedro e Copola no velório de Gonçalo, mas Irene ordena a entrada de Copola e Pedro no rancho. Halley se ressente por não estar no velório do avô. Donatela especula com Cilene sobre como Flora provocou a morte de Gonçalo e demonstra estar preocupada com Lara. Pedro acusa Flora de assassina e diz para ela que seus dias estão contados. Flora consola Irene, que diz que confia nela e a pede que presida o conselho da empresa temporariamente. Halley consegue entrar no rancho e revela à Lara tudo o que sabe sobre os crimes de Flora, mas ela não acredita e pede para ele sair. Cassiano chega e Lara desconversa. Halley percebe que Pimentel está agindo sob orientações de Flora. Silveirinha e Flora comemoram o convite de Irene para representar os Fontini no conselho da empresa. Pimentel avisa à Flora que Halley esteve no rancho. Lara e Cassiano vão à casa de Flora. Lara revela para a mãe que Halley afirmou que ela matou Gonçalo.
Terça-feira, 16/12/2008
Zé Bob revela a Lara que Donatela está viva
Lara pede explicações a Flora sobre os motivos que levaram Halley a acusá-la da morte do avô. Flora demonstra perplexidade e a faz acreditar que Halley é cúmplice de Dodi. Cassiano concorda com Flora. Lara aceita a versão de Flora e diz que precisam encontrar Dodi para saber o motivo de Gonçalo ter lhe dado 20 milhões de dólares. Lara pede desculpas a Flora, que se mostra compreensiva com a filha. Silveirinha alerta Flora para o surgimento de novas especulações contra ela. Flora manda Silveirinha procurar Fafá e Sabiá para descobrir o paradeiro de Dodi, antes de Halley e Zé Bob. Dodi tenta fugir de Manu levando os dólares, mas desiste quando lê no jornal uma notícia associando-o à morte de Gonçalo. Halley conta para Donatela, Cilene e Zé Bob o que revelou para Lara a respeito de Flora. Donatela diz que chegou a hora de Lara saber que ela está viva. Catarina decide se separar do marido. Leo tenta dissuadi-la, sem sucesso. Lorena diz a Iolanda que não concorda com sua decisão de destruir a biblioteca. Iolanda insinua para a filha que, com a morte de Gonçalo, Copola vai ficar com a Irene. Copola escuta a conversa e discute com a ex-mulher. Cida encontra Juca e os dois se reconciliam. Alicia sai do coma e se recupera. Damião expulsa Dedina de sua casa, com o incentivo de Greice. Augusto procura Elias e Diva para conversar sobre a paternidade de Shiva. Augusto sugere um teste de DNA e Diva fica nervosa. Shiva diz a Elias que Dedina está vagando pela cidade e ele finge não se importar. Irene sofre com a morte de Gonçalo. Irene convence Lara de que Flora deve ser representante da família Fontini no conselho da empresa. Copola conforta Lara pela perda do avô. Zé Bob diz a Donatela que a polícia ainda não encontrou Dodi. Pedro informa que Lara está na casa dos pais de Cassiano e que Zé Bob pode conversar com ela sobre Donatela. Irene comunica aos membros do conselho que Flora representará a família Fontini. Zé Bob encontra Lara e revela que Donatela está viva.
Quarta-feira, 17/12/2008
Zé leva Lara ao encontro de Donatela
Zé Bob explica a Lara como Donatela fugiu da cadeia e revela todos os crimes de Flora. Lara se desespera, quando Cassiano chega e ampara a namorada. Donatela pergunta a Halley se ele ainda ama Lara, e o filho afirma que ainda é apaixonado por ela. Flora discursa como nova presidente do Conselho Administrativo e finge emoção ao lembrar de Gonçalo. Norton e Arlete demonstram não confiar em Flora. Lorena se preocupa com o namoro de Cassiano e Lara. Lara resiste em acreditar na versão de Zé Bob. Cassiano garante que ficará ao lado de Lara e segue para o rancho com a namorada. Lorena e Átila percebem que algo aconteceu com Lara, mas ela não se abre com eles. Irene comemora a nomeação de Flora com um coquetel no rancho. Flora se aproxima de Lara, mas ela não é receptiva. Flora percebe a tensão de Lara e pergunta a Cassiano se aconteceu alguma coisa com a filha. Zé Bob conta para Donatela sobre o encontro que teve com Lara, e aposta que a menina vai procurá-la. Donatela anseia pelo encontro com a filha. Cilene procura Donatela e Zé Bob e os aconselha a se prevenirem de Dodi. Dodi pede ajuda a Sabiá para sair do país. Irene tenta convencer Lara a aceitar Flora como mãe, mas a neta diz que tem dúvidas sobre o caráter de Flora. Rita revela para Alicia que Romildo foi preso enquanto ela estava em coma. Didu conta para Romildo que Alicia saiu do coma. Lorena elogia Catarina por ter se separado de Leo. Iolanda e Copola discutem sobre os comentários da vizinhança em relação à filha. Iolanda pede que Catarina deixe o emprego, mas ela não dá importância para as palavras da mãe. Lara procura Zé Bob e diz que precisa ver Donatela. Dedina vaga pela cidade e vai ao encontro de Damião, mas ele a repele. Átila conta para Elias sobre o projeto de Flora para Triunfo e ele diz que a prefeitura não irá apoiar. Elias avista Dedina vagando pela cidade e fica sensibilizado. Flora ocupa a sala que era de Gonçalo e fica esfuziante. Zé Bob leva Lara ao encontro de Donatela.
Quinta-feira, 18/12/2008
Lara descobre que Halley é o herdeiro
Lara não reage bem. Donatela tenta se explicar e revela para a filha todos os crimes de Flora. Donatela conta ainda que é mãe de Halley e que Lara não é filha de Marcelo. Lara fica horrorizada e deixa Donatela para encontrar Cassiano. Zé Bob aconselha Donatela a contar para Halley sua conversa com Lara. Flora assume o cargo de presidente do Conselho Administrativo e dá início a seu plano de fusão do Grupo Fontini com uma empresa norte-americana. Lara conta para Cassiano tudo o que ouviu de Donatela e ele fica chocado. Lara diz para Cassiano que Donatela pediu para não contar nada até que ela consiga provas contra Flora. Irene diz para Lara que ela precisa freqüentar mais a empresa, já que ela é a herdeira da família. Lara comenta com a avó que a indicação de Flora foi prematura. Sabiá consegue passaportes falsos para Dodi e Manu irem para o Paraguai. Dodi oferece dinheiro para Sabiá ajudá-lo a se livrar de Manu, mas Manu faz a mesma proposta ao vigarista. Céu sente ciúmes de Orlandinho. Dedina vai à fábrica à procura de Damião, que manda os seguranças a retirarem do local. Iolanda, amargurada, critica Catarina e insinua à Lorena que em breve Copola e Irene estarão juntos. Irene comenta com Copola que sente muita falta de Gonçalo e ele se oferece para ajudá-la. Lara diz para a avó que vai à empresa conferir se Flora está se saindo bem na nova função. Lara exige que Flora coloque Halley na empresa, seguindo o desejo de Gonçalo. Donatela conta a Halley que Lara já sabe que eles não são irmãos. Lara diz a Cassiano que precisa encontrar Halley e pede ao namorado para acompanhá-la. Flora conta a Silveirinha que vai fazer o Grupo Fontini se unir com um grupo americano falido. Lara chega à casa de Halley.
Sexta-feira, 19/12/2008
Arlete revela a Romildo que ele é pai de Damião
Halley explica para Lara que Flora o chantageou e que ele sofreu por não ter contado nada antes. Halley mostra fotos de Donatela com ele quando era bebê e convence Lara de que Donatela está falando a verdade. Eles se abraçam emocionados, mas Lara sai depressa para encontrar Cassiano, que a espera no carro. Halley fica triste e diz para Cilene que perdeu Lara para sempre, mas a mãe o incentiva a lutar por seu amor. Flora convence Irene de que a fusão do Grupo Fontini com a WPaper era desejo de Gonçalo e ela aprova a decisão da vilã. Cassiano fica com ciúme da proximidade de Lara e Halley e tenta argumentar com a namorada que Halley pode estar mentindo. Lara procura Pedro e ele confirma toda a história de Donatela. Pedro pede para Lara tomar cuidado e ajudar Donatela a conseguir provas concretas contra Flora. Orlandinho se esforça para gostar de ópera, mas acaba dançando com Céu ao som de um forró. Sabiá confirma para Dodi que está tudo pronto para se livrar de Manu, mas diz o mesmo para ela quando Dodi sai. Fafá teme que o plano do pai se volte contra ele. Leo ironiza Flora em seu discurso para os operários da fábrica Fontini e a vilã o demite por justa causa. Elias apresenta Diva como sua nova assessora na prefeitura para os comerciantes de Triunfo. Arlete visita Romildo na prisão e revela que Damião é seu filho. Alicia deixa o hospital. Flora se reúne com executivos do Grupo Fontini e apresenta a proposta de fusão com a WPaper quando Lara aparece de surpresa e contesta a decisão. Flora se mantém firme e Lara resolve recuar. Catarina conta para Iolanda que quer ter sua própria casa e a mãe a repreende. Mariana conta para Catarina que Leo foi demitido da fábrica. Catarina procura Leo para ajudá-lo, mas ele reage agressivamente e ela desiste. Flora assedia Halley, que fica possesso. Lara é agressiva com Flora e diz para Irene que não confia na mãe, deixando a avó perplexa. Halley conta para Donatela e Zé Bob que Lara encarou Flora e que vai acabar desmascarando a vilã. Flora comenta maliciosamente com Silveirinha sobre a beleza de Halley e Lara ouve.
Sábado, 20/12/2008
Flora desconfia que Lara já sabe a verdade
Lara provoca Flora, mas recua quando percebe a tensão da vilã. Silveirinha e Flora desconfiam de que Lara já sabe de toda a verdade. Donatela diz a Halley que só Lara poderá impedir que Flora leve adiante a fusão do Grupo Fontini. Lara comenta com Cassiano que está assustada com Flora. Flora convence o presidente da WPaper a depositar quinhentos milhões de dólares em sua conta pessoal para fundir as duas empresas. Halley fica desapontado quando vê que Norton está convencido sobre a fusão e tenta falar com Lara, mas não consegue. Sabiá leva Dodi e Manu até Emilinha para conseguir os passaportes falsos e confirma para Dodi que apenas ele irá viajar. Cida e Juca voltam para Triunfo de casamento marcado e ele retoma seu trabalho com Vanderlei. Dedina invade a casa de Elias e implora para voltar, mas ele a manda embora. Augusto destrói suas lembranças de Rosana e diz para Shiva que se culpa por não ter cuidado melhor do filho. Catarina mostra a casa nova para a família. Lorena convida Cida e Juca para ficarem em sua casa até que tenham um lugar para morar. Alicia se convence de que Romildo está mudado e decide visitá-lo na cadeia. Damião se desespera quando Arlete revela que Romildo é seu pai. Diva diz a Elias que passará uma temporada no sítio de Augusto para ajudá-lo a curar sua depressão. Ele se incomoda e Shiva desconfia de que o pai está sem envolvendo com Diva. Halley alerta Lara sobre as más intenções de Flora com relação à fusão e Lara se desespera. Lara procura Donatela e pede ajuda para a mãe. Silveirinha segue Lara e conta seus passos para Flora. Lara flagra Silveirinha e o confronta.
fonte:globo.com
Sexta-feira, 12/12/2008
Gonçalo tem ataque fulminante!
Dodi e Gonçalo discutem e o empresário se sente mal. Flora descobre que está presa no rancho, ao saber pelos seguranças que Gonçalo deu ordens para não deixar ninguém entrar ou sair de sua casa. Flora desconfia que Dodi entregou o DVD para Gonçalo. Gonçalo prepara um banquete para Flora. Sem saber as reais intenções do empresário, a vilã fica tensa. Gonçalo aterroriza Flora com frases de duplo sentido, mas acaba revelando à vilã que descobriu tudo e exige que ela confesse seus crimes. Flora nega todas as acusações, mas ele não acredita. Donatela e Halley conversam sobe Marcelo. Silveirinha tenta sair do rancho, mas é impedido pelo segurança. Flora tenta convencer Gonçalo de sua inocência. Gonçalo e Flora discutem cercados por um clima tenso. Nervosa, Flora volta para casa escoltada por um segurança e conta para Silveirinha que Dodi entregou o DVD para Gonçalo. Ao perceber que Flora ainda quer vingança, Silveirinha tenta fazê-la voltar à razão dizendo que a única saída deles é a fuga. Os dois se desentendem. Silveirinha se desespera quando Flora resolve procurar Pimentel. Dodi e Manu fazem as malas para viajar. Cilene joga o tarô e não gosta do que vê nas cartas. Halley tranqüiliza Cilene e diz que o plano de Gonçalo vai dar certo. Gonçalo prepara a mala com a quantia exigida por Dodi. Pimentel assiste a tudo. Gonçalo encontra Dodi e troca o dinheiro pelo DVD. Flora tenta convencer Silveirinha a ajudá-lo no plano contra Gonçalo e liga para Pimentel. Gonçalo desista de ir à polícia e fica desesperado quando Pimentel afirma que Irene e Lara estão no rancho, e que a neta está em prantos. Donatela está aflita, aguardando notícias de Gonçalo. Durante a viagem, Irene comenta com Lara que sente saudades de Gonçalo. Gonçalo entra no rancho à procura de Irene e Lara. Flora aterroriza Gonçalo e insinua que Irene e Lara estão mortas. Gonçalo vê rastros de sangue e tem um ataque cardíaco fulminante.
Sábado, 13/12/2008
Lara culpa Flora por desgraças!
Flora e Silveirinha se livram dos vestígios do assassinato de Gonçalo. Halley, Zé Bob e Donatela ficam aflitos por não conseguirem fazer contato com Gonçalo. Halley resolve ligar para o rancho à procura do avô, mas Pimentel diz que ele chegou cansado e foi dormir. Flora e Silveirinha recuperam o DVD. Silveirinha lembra a Flora que Gonçalo sacou uma grande quantia em dinheiro para Dodi. Flora diz a Lara e Irene que Gonçalo sofreu um enfarte enquanto dormia. As duas se desesperam. Lara culpa Flora por todas as desgraças que estão acontecendo a sua família. Norton conta a Halley que Gonçalo faleceu por conta de um ataque cardíaco sofrido durante o sono. A notícia chega a Donatela e Zé Bob. Donatela não tem dúvidas de que Flora provocou a morte de Gonçalo. Dodi flagra Manu abrindo a bolsa de dólares e desconfia que ela tem intenção de traí-lo. Romildo se emociona ao visitar Alícia no hospital. Céu acha que Orlandinho está com um comportamento mais masculino. Romildo perde perdão a Didu por não ter sido um bom pai para ele e Alícia. Diva cita a confissão pública de Romildo para tentar convencer Elias de que pessoas como ela e o político podem mudar em nome do amor que sentem pelos filhos. Dedina enfrenta dificuldades na convivência com Damião. Augusto fica enciumado ao saber que Diva está morando com Elias e chora ao perceber que sempre amou uma ilusão. Shiva o consola. Dodi fica surpreso com a notícia da morte de Gonçalo e teme que Flora e a polícia venham persegui-lo. Lara se desculpa com Flora por tê-la destratado em meio ao desespero causado pela morte de Gonçalo. Norton revela a Irene que Gonçalo ordenou um saque de uma grande quantia em dólares pouco antes de morrer para dar a Dodi. Irene e Lara ficam surpresas com a informação.
Próximos capítulos: 15/12/2008 a 20/12/2008
Segunda-feira, 15/12/2008
Lara pergunta a Flora se ela matou Gonçalo
Norton conta para Irene que Gonçalo foi ao encontro de Dodi levando os 20 milhões de dólares. Lara desconfia de Dodi e promete se vingar pela morte do avô. Catarina incentiva Cida a procurar Juca. Copola fica chocado quando Lorena conta sobre a morte de Gonçalo e Cassiano vai consolar Lara. Halley desconfia de Flora e promete se vingar, deixando Cilene preocupada. Zé Bob, Pedro e Halley resolvem ir ao enterro de Gonçalo. Flora manda Silveirinha falar com Pimentel para redobrar a segurança do rancho, temendo a entrada de Zé Bob, Pedro e Halley. Norton dispensa os operários da fábrica por um dia. Leo entra no restaurante embriagado e provoca Stela. Catarina o ameaça e o expulsa do restaurante. Catarina abraça Stela e diz que não ficará mais com Leo. Gurgel visita Romildo na prisão. Orlandinho se envolve em uma briga com dois rapazes por ciúme de Céu. Pimentel evita a entrada de Halley, Zé Bob, Pedro e Copola no velório de Gonçalo, mas Irene ordena a entrada de Copola e Pedro no rancho. Halley se ressente por não estar no velório do avô. Donatela especula com Cilene sobre como Flora provocou a morte de Gonçalo e demonstra estar preocupada com Lara. Pedro acusa Flora de assassina e diz para ela que seus dias estão contados. Flora consola Irene, que diz que confia nela e a pede que presida o conselho da empresa temporariamente. Halley consegue entrar no rancho e revela à Lara tudo o que sabe sobre os crimes de Flora, mas ela não acredita e pede para ele sair. Cassiano chega e Lara desconversa. Halley percebe que Pimentel está agindo sob orientações de Flora. Silveirinha e Flora comemoram o convite de Irene para representar os Fontini no conselho da empresa. Pimentel avisa à Flora que Halley esteve no rancho. Lara e Cassiano vão à casa de Flora. Lara revela para a mãe que Halley afirmou que ela matou Gonçalo.
Terça-feira, 16/12/2008
Zé Bob revela a Lara que Donatela está viva
Lara pede explicações a Flora sobre os motivos que levaram Halley a acusá-la da morte do avô. Flora demonstra perplexidade e a faz acreditar que Halley é cúmplice de Dodi. Cassiano concorda com Flora. Lara aceita a versão de Flora e diz que precisam encontrar Dodi para saber o motivo de Gonçalo ter lhe dado 20 milhões de dólares. Lara pede desculpas a Flora, que se mostra compreensiva com a filha. Silveirinha alerta Flora para o surgimento de novas especulações contra ela. Flora manda Silveirinha procurar Fafá e Sabiá para descobrir o paradeiro de Dodi, antes de Halley e Zé Bob. Dodi tenta fugir de Manu levando os dólares, mas desiste quando lê no jornal uma notícia associando-o à morte de Gonçalo. Halley conta para Donatela, Cilene e Zé Bob o que revelou para Lara a respeito de Flora. Donatela diz que chegou a hora de Lara saber que ela está viva. Catarina decide se separar do marido. Leo tenta dissuadi-la, sem sucesso. Lorena diz a Iolanda que não concorda com sua decisão de destruir a biblioteca. Iolanda insinua para a filha que, com a morte de Gonçalo, Copola vai ficar com a Irene. Copola escuta a conversa e discute com a ex-mulher. Cida encontra Juca e os dois se reconciliam. Alicia sai do coma e se recupera. Damião expulsa Dedina de sua casa, com o incentivo de Greice. Augusto procura Elias e Diva para conversar sobre a paternidade de Shiva. Augusto sugere um teste de DNA e Diva fica nervosa. Shiva diz a Elias que Dedina está vagando pela cidade e ele finge não se importar. Irene sofre com a morte de Gonçalo. Irene convence Lara de que Flora deve ser representante da família Fontini no conselho da empresa. Copola conforta Lara pela perda do avô. Zé Bob diz a Donatela que a polícia ainda não encontrou Dodi. Pedro informa que Lara está na casa dos pais de Cassiano e que Zé Bob pode conversar com ela sobre Donatela. Irene comunica aos membros do conselho que Flora representará a família Fontini. Zé Bob encontra Lara e revela que Donatela está viva.
Quarta-feira, 17/12/2008
Zé leva Lara ao encontro de Donatela
Zé Bob explica a Lara como Donatela fugiu da cadeia e revela todos os crimes de Flora. Lara se desespera, quando Cassiano chega e ampara a namorada. Donatela pergunta a Halley se ele ainda ama Lara, e o filho afirma que ainda é apaixonado por ela. Flora discursa como nova presidente do Conselho Administrativo e finge emoção ao lembrar de Gonçalo. Norton e Arlete demonstram não confiar em Flora. Lorena se preocupa com o namoro de Cassiano e Lara. Lara resiste em acreditar na versão de Zé Bob. Cassiano garante que ficará ao lado de Lara e segue para o rancho com a namorada. Lorena e Átila percebem que algo aconteceu com Lara, mas ela não se abre com eles. Irene comemora a nomeação de Flora com um coquetel no rancho. Flora se aproxima de Lara, mas ela não é receptiva. Flora percebe a tensão de Lara e pergunta a Cassiano se aconteceu alguma coisa com a filha. Zé Bob conta para Donatela sobre o encontro que teve com Lara, e aposta que a menina vai procurá-la. Donatela anseia pelo encontro com a filha. Cilene procura Donatela e Zé Bob e os aconselha a se prevenirem de Dodi. Dodi pede ajuda a Sabiá para sair do país. Irene tenta convencer Lara a aceitar Flora como mãe, mas a neta diz que tem dúvidas sobre o caráter de Flora. Rita revela para Alicia que Romildo foi preso enquanto ela estava em coma. Didu conta para Romildo que Alicia saiu do coma. Lorena elogia Catarina por ter se separado de Leo. Iolanda e Copola discutem sobre os comentários da vizinhança em relação à filha. Iolanda pede que Catarina deixe o emprego, mas ela não dá importância para as palavras da mãe. Lara procura Zé Bob e diz que precisa ver Donatela. Dedina vaga pela cidade e vai ao encontro de Damião, mas ele a repele. Átila conta para Elias sobre o projeto de Flora para Triunfo e ele diz que a prefeitura não irá apoiar. Elias avista Dedina vagando pela cidade e fica sensibilizado. Flora ocupa a sala que era de Gonçalo e fica esfuziante. Zé Bob leva Lara ao encontro de Donatela.
Quinta-feira, 18/12/2008
Lara descobre que Halley é o herdeiro
Lara não reage bem. Donatela tenta se explicar e revela para a filha todos os crimes de Flora. Donatela conta ainda que é mãe de Halley e que Lara não é filha de Marcelo. Lara fica horrorizada e deixa Donatela para encontrar Cassiano. Zé Bob aconselha Donatela a contar para Halley sua conversa com Lara. Flora assume o cargo de presidente do Conselho Administrativo e dá início a seu plano de fusão do Grupo Fontini com uma empresa norte-americana. Lara conta para Cassiano tudo o que ouviu de Donatela e ele fica chocado. Lara diz para Cassiano que Donatela pediu para não contar nada até que ela consiga provas contra Flora. Irene diz para Lara que ela precisa freqüentar mais a empresa, já que ela é a herdeira da família. Lara comenta com a avó que a indicação de Flora foi prematura. Sabiá consegue passaportes falsos para Dodi e Manu irem para o Paraguai. Dodi oferece dinheiro para Sabiá ajudá-lo a se livrar de Manu, mas Manu faz a mesma proposta ao vigarista. Céu sente ciúmes de Orlandinho. Dedina vai à fábrica à procura de Damião, que manda os seguranças a retirarem do local. Iolanda, amargurada, critica Catarina e insinua à Lorena que em breve Copola e Irene estarão juntos. Irene comenta com Copola que sente muita falta de Gonçalo e ele se oferece para ajudá-la. Lara diz para a avó que vai à empresa conferir se Flora está se saindo bem na nova função. Lara exige que Flora coloque Halley na empresa, seguindo o desejo de Gonçalo. Donatela conta a Halley que Lara já sabe que eles não são irmãos. Lara diz a Cassiano que precisa encontrar Halley e pede ao namorado para acompanhá-la. Flora conta a Silveirinha que vai fazer o Grupo Fontini se unir com um grupo americano falido. Lara chega à casa de Halley.
Sexta-feira, 19/12/2008
Arlete revela a Romildo que ele é pai de Damião
Halley explica para Lara que Flora o chantageou e que ele sofreu por não ter contado nada antes. Halley mostra fotos de Donatela com ele quando era bebê e convence Lara de que Donatela está falando a verdade. Eles se abraçam emocionados, mas Lara sai depressa para encontrar Cassiano, que a espera no carro. Halley fica triste e diz para Cilene que perdeu Lara para sempre, mas a mãe o incentiva a lutar por seu amor. Flora convence Irene de que a fusão do Grupo Fontini com a WPaper era desejo de Gonçalo e ela aprova a decisão da vilã. Cassiano fica com ciúme da proximidade de Lara e Halley e tenta argumentar com a namorada que Halley pode estar mentindo. Lara procura Pedro e ele confirma toda a história de Donatela. Pedro pede para Lara tomar cuidado e ajudar Donatela a conseguir provas concretas contra Flora. Orlandinho se esforça para gostar de ópera, mas acaba dançando com Céu ao som de um forró. Sabiá confirma para Dodi que está tudo pronto para se livrar de Manu, mas diz o mesmo para ela quando Dodi sai. Fafá teme que o plano do pai se volte contra ele. Leo ironiza Flora em seu discurso para os operários da fábrica Fontini e a vilã o demite por justa causa. Elias apresenta Diva como sua nova assessora na prefeitura para os comerciantes de Triunfo. Arlete visita Romildo na prisão e revela que Damião é seu filho. Alicia deixa o hospital. Flora se reúne com executivos do Grupo Fontini e apresenta a proposta de fusão com a WPaper quando Lara aparece de surpresa e contesta a decisão. Flora se mantém firme e Lara resolve recuar. Catarina conta para Iolanda que quer ter sua própria casa e a mãe a repreende. Mariana conta para Catarina que Leo foi demitido da fábrica. Catarina procura Leo para ajudá-lo, mas ele reage agressivamente e ela desiste. Flora assedia Halley, que fica possesso. Lara é agressiva com Flora e diz para Irene que não confia na mãe, deixando a avó perplexa. Halley conta para Donatela e Zé Bob que Lara encarou Flora e que vai acabar desmascarando a vilã. Flora comenta maliciosamente com Silveirinha sobre a beleza de Halley e Lara ouve.
Sábado, 20/12/2008
Flora desconfia que Lara já sabe a verdade
Lara provoca Flora, mas recua quando percebe a tensão da vilã. Silveirinha e Flora desconfiam de que Lara já sabe de toda a verdade. Donatela diz a Halley que só Lara poderá impedir que Flora leve adiante a fusão do Grupo Fontini. Lara comenta com Cassiano que está assustada com Flora. Flora convence o presidente da WPaper a depositar quinhentos milhões de dólares em sua conta pessoal para fundir as duas empresas. Halley fica desapontado quando vê que Norton está convencido sobre a fusão e tenta falar com Lara, mas não consegue. Sabiá leva Dodi e Manu até Emilinha para conseguir os passaportes falsos e confirma para Dodi que apenas ele irá viajar. Cida e Juca voltam para Triunfo de casamento marcado e ele retoma seu trabalho com Vanderlei. Dedina invade a casa de Elias e implora para voltar, mas ele a manda embora. Augusto destrói suas lembranças de Rosana e diz para Shiva que se culpa por não ter cuidado melhor do filho. Catarina mostra a casa nova para a família. Lorena convida Cida e Juca para ficarem em sua casa até que tenham um lugar para morar. Alicia se convence de que Romildo está mudado e decide visitá-lo na cadeia. Damião se desespera quando Arlete revela que Romildo é seu pai. Diva diz a Elias que passará uma temporada no sítio de Augusto para ajudá-lo a curar sua depressão. Ele se incomoda e Shiva desconfia de que o pai está sem envolvendo com Diva. Halley alerta Lara sobre as más intenções de Flora com relação à fusão e Lara se desespera. Lara procura Donatela e pede ajuda para a mãe. Silveirinha segue Lara e conta seus passos para Flora. Lara flagra Silveirinha e o confronta.
fonte:globo.com
tv e cinema
11 de dez. de 2008
Rapazuêra na Micareta Realizada pelo Voa voa.com
A banda Rapazuêra cantando a música "Te Espero no Farol", nesse momento o trio já tinha feito todo o percurso, e já estava parado em frente ao Cayres Lancha(jaba kkkk),todo mundo já estava cansado, mas ainda tinha animo para curti essa música.
Vídeos
7 de dez. de 2008
AMOR E FELICIDADE
Sem amor, a humanidade pereceria.
Quais são os tipos de Amor? O que é o Amor? Como amar sem sofrer? É o amor um sentimento perfeito? E qual a relação que podemos estabelecer entre Amor e Felicidade num relacionamento?
Por Neilton Lima*
*Professor, pedagogo e pós-graduando em Psicopedagogia.
Amigo leitor, aqui está o resumo de uma extensa reflexão sobre o amor e a felicidade. Mas se você não se contenta com pouca coisa e quer ir mais a fundo, boa leitura!
Cupido em pintura de William-Adolphe Bouguereau (1825-1905)
O Amor é filho da Beleza. O afeto necessita de ser correspondido para desenvolver-se. Por isso Cupido (o Amor) andava sempre com seu arco, pronto para disparar sobre o coração de homens e deuses. Ele é tido como benéfico em razão da felicidade que concedia aos casais, no entanto, o amor tem suas dores.
RESUMO: O amor é uma unidade na diversidade, e não se confunde com sexo nem paixão. Ele é um intenso sentimento de razões próprias, onde a própria razão desconhece. Encravados nas nossas entranhas, existe um potencial de instintos carentes que ao serem canalizados pelo coração se transformam nesse sentimento sublime. Logo, o amor é uma arte, e como toda arte, se aprende e se aperfeiçoa. O amor é uma energia construtiva de conhecimento e afetividade, capaz de fazer os humanos semelhantes aos deuses. Para os filósofos Sócrates e Platão, e boa parte da Filosofia, o amor é falta. Ou seja, o amante busca no amado a Idéia - verdade essencial - que não possui. Nisto supre sua falta e se torna pleno, de modo dialético e recíproco. Assim, o amor alcança a felicidade por degraus, passando dos bens inferiores aos bens superiores, seu termo é a revelação da Verdade (o Belo). Mas para aqueles que arriscam amar o conteúdo, isto é, o objeto do seu amor, um parceiro ou uma parceira, saber amar significa afastar ou amenizar o máximo possível o sofrimento possível de uma relação.
Esse artigo vai mexer com todo mundo. Ou tem algum leitor que não deseja ser amado e feliz? “Amor” e “Felicidade”, os dois temas complexos e profundos que fundamentam esta dissertação, são polêmicos e extensos. Aliás, as grandes obras literárias, as produções cinematográficas que assistimos pasmos na telinha, as novelas que emocionam e aqueles casos pessoais de amor que temos para contar são alguns exemplos de que ambos os temas estão bem pertinho de nós, vale dizer, encravados em nós!
Para fazer justiça, o amor e a felicidade existem muito mais para ser experimentados do que explicados. Isso é categórico para um ser humano! Mas como o momento pede a arte da tradução, e nada melhor do que quem ama e é feliz para transcorrer sobre o assunto, vou tentar expor com palavras o que o coração por si só entende muito bem Para que você não faça confusão amigo leitor, iniciemos, pois, fazendo uma distinção dos tipos e feições de amor.
O amor tem múltiplos significados, entre os principais destaco afeição, misericórdia, atração, querer bem, conquista, desejo, etc. Também os tipos de amor são diversos: amor físico, amor platônico, amor materno e paterno, amor fraterno, amor a Deus, amor à vida, amor conjugal, etc. Vejamos algumas expressões gregas que definem diversos sentidos em que é usada a palavra AMOR, e que abraçam muitas das suas expressões:
1) Ágape - refere-se a um puro, ideal tipo de amor ao invés da atração física;
2) Eros - é amor apaixonado, com o desejo sensual ou “amor do corpo”. Embora eros seja inicialmente sentido por uma pessoa, com a contemplação torna-se uma apreciação da beleza dentro dessa pessoa, ou mesmo se torne apreciação da beleza própria;
3) Philia – conceito desenvolvido por Aristóteles, é o amor da mente, isto é, inclui lealdade aos amigos, familiares e comunidade, e exige força e igualdade;
4) Storge - é o afeto natural, tal como a que é sentido de pais para filhos;
5) Xênia – é o forte sentimento de hospitalidade e acolhimento.
Alguns autores discordam dessa diversidade de amor, defendendo que esse intenso sentimento é universal, ou seja, um só para qualquer área ou foco da vida a que for aplicado. A esse respeito, acredito que o amor é uno e múltiplo, isto é, uma unidade na diversidade. É uno enquanto supremo sentimento de Querer Bem; múltiplo, como manifestação das possibilidades de amar, o que amar como amar ou quem amar.
Tudo parece ficar mais claro quando se tem uma definição exata do objeto analisado. Então, o que é o amor? Ora, defini-lo seria matar toda a poesia, zombar de Deus e minimizar a grandeza do coração. Aliás, dizia Blaise Pascal: o coração tem razões que a própria razão desconhece. Para trabalhar essa pergunta, vou buscar recursos no campo filosófico, tão profundo como o próprio amor. Até porque, filosofia significa amor à sabedoria. Filosoficamente, o amor é uma busca pelo que falta, e esta lacuna pode ser preenchida por diversos tipos de objeto, havendo entre eles o maior de todos: o conhecimento.
Para não deixar meu amigo leitor desamparado, vamos diferenciar amor de sexo e paixão. O sexo está relacionado à atração física. Na atração física residem os nossos instintos atrelados ao nosso estado fisiológico como as necessidades sexuais, prazer e perpetuidade da espécie. Se você quiser, amigo leitor, aprofundar cantarolando essa diferenciação, sugiro a música de Rita Lee “amor e sexo”. Já a paixão é um amor violento, obsessivo, doentio, limitado ao corpóreo. Logo é uma enfermidade ou inconstância pertencente ao campo sensível. A paixão é um forte sentimento que se pode tomar até mesmo como uma patologia provinda do amor. Manifestada a paixão em devida circunstância, o indivíduo tende a ser menos racional, priorizando o instinto de possuir o objeto que lhe causou o desejo. Sendo assim, o apaixonado pode transcender seus limites no que tange a razão e, em situações extremas, beira a obsessão. “Como o lobo ama o cordeiro, ama o apaixonado o seu amado”, dizia Sócrates.
Diferenças apontadas, barreiras traçadas. E o amor, como fica?
Na concepção do filósofo Sócrates, o sentimento do amor é carência. Carente do que é belo e bom, tudo o que não tem. Logo, não amamos aquilo que já temos no presente, mas amamos aquilo que queremos para nós. Porque não temos é que queremos. Assim, o amor é certo tipo de desejo que busca aquilo que não tem. O amor é complemento.
Se notarmos bem, na mitologia grega os deuses são eternamente felizes e belos. Como o amor é um ser desejoso de algo que não possui, logo ele não é um deus. Mas também o amor não é imperfeito, logo também não é um mortal. O amor é algo entre o mortal e o imortal, um intermediário entre os homens e os deuses. Visto assim, as atividades do amor são: penúria (miséria) e recurso (fartura), avidez pela sabedoria, coragem, decisão e energia, mas também pobreza, dureza, falta de lar, desabrigo e desconforto. Por isso o amor nem enriquece, nem empobrece; mas está sempre a meio caminho da sabedoria e da ignorância.
E qual a conclusão disso? O amor é o sentimento que nos faz semelhantes aos deuses, não iguais a eles. Amar é experimentar na terra a divindade que há em nós, tornando real a possibilidade de sermos tais quais os deuses no mundo terrestre, assim como de conduzir a quem amamos pelo mesmo caminho. Logo, estamos vivendo o constante aprendizado amoroso, isto é, aprendendo a amar amando. E o que significa saber amar? Respondo: saber amar significa afastar o sofrimento. E como amar sem sofrer? Se tiver a resposta, amigo leitor, deixe no final deste ensaio um comentário, por favor (rsrsrs). Mas adiante darei algumas dicas.
Podemos conceber o amor feliz para sempre, sem brigas ou conflitos? Só se for na idéia. O amor verdadeiramente “perfeito” não se consuma no plano sensível, restringindo-se ao ardor do nosso pensamento. Na realidade, quando o amor sai da idealidade, e parte para a vida concreta, ou seja, deixa de ser objeto de sonhos e de fantasias dos enamorados, perde a perfeição imaculada que a idéia torna possível.
O amor pleno e perfeito idealizado por Platão só existe no “mundo das idéias” e por isso mesmo foi adjetivado de “Amor Platônico”. O que é “amor platônico”? É o amor não correspondido, aquele em que o amante apenas contempla a pessoa amada. Um amor perfeito que só existe na verdade do pensar. Isso significa que, quando alguém junta as trouxas e os cacos com a pessoa amada, e arca com a felicidade da realização desse amor, com seus problemas e suas contingências inerentes, descobre-se que ele não é tão perfeito assim. Aqui cai muito bem o famoso jargão: “Na teoria tudo é muito lindo, mas na prática é outra”.
Para Platão as coisas, e tudo o que está no mundo sensível, são cópias imperfeitas da realidade. Às idéias primeiras, universais ou essências a que remetem as coisas é que reside a verdade ou mundo inteligível acessado pelo pensamento. No plano sensível estão as cópias das Idéias, que são apreendidas pelos sentidos. Isso significa que o verdadeiro é o amor da alma pelo conhecimento e pelo lado espiritual da vida, ou seja, o verdadeiro amor em Platão é um impulso de vida para a sabedoria e não necessariamente para uma pessoa. Por isso filósofo é aquele que ama a sabedoria, e faz como parceira para o resto da vida a Filosofia.
Mas meu amigo leitor pode dizer: Ney, mesmo com suas imperfeições, eu prefiro amar um depravado ou uma mulher que dê lá as minhas dores de cabeça. Então, como amenizar o inevitável? Ou seja, como amar sem tanto sofrer? Bem, para aqueles que pensam como Aristófones, e acham que temos uma alma-gêmea:
Ficamos mutilados em dois, e cada um anseia por encontrar a metade que corresponde e, quando a encontra, a ela se une e envolve-se com desejo de se fundir um no outro. Os amantes, no ardor do amor, confundem-se desejando ser apenas um, e a mais dilacerante dor para aquele que encontra sua metade é se ver privado dela. Nossa natureza originária era inteira e não cortada, por isso, ao mesmo tempo em que encontramos o nosso pedaço, também nos reencontramos.
O princípio de moderação de Aristóteles também é aplicável no amor. A ausência ou excesso de amor (apaixonado ou sexual) pode causar distúrbios psicológicos sérios. Temos aí no primeiro o Transtorno de Aversão Sexual e, no outro, o Desejo Sexual Hiperativo (DSH). No primeiro caso o desejo sexual é praticamente nulo; no segundo caso, já temos o desejo em excesso. Neste quadro, a desregulação ou falta de controle da motivação sexual causam a erotomania e a ninfomania, termos que indicam um exagero do desejo sexual por parte de um homem e de uma mulher, respectivamente. Ou seja, o amor sexual demasiado e descontrolado é doença mental.
Os danos causados pelo amor compulsivo podem ser relacionados também nos níveis diferentes de adição ao sexo, desde masturbação compulsiva e prostituição, a alguns comportamentos parafílicos (perversos) como exibicionismo, voyeurismo ou mesmo pedofilia e estupro.
Hoje em dia, com o maior acesso aos meios de comunicação como internet, encontramos uma nova modalidade de hipersexualidade: compulsão sexual virtual (sexo virtual), atingindo mais de 2.000.000 de pessoas que gastam de 15 a 25 horas em frente ao computador navegando em sites de sexo.
Esses exemplos mostram que o amor desregulado causa perversões e sofrimentos. Então para ser feliz e não sofrer com esse sentimento, é preciso que se ame de forma inteligente e equilibrada.
Muita gente sofre nas tentativas frustradas de encontrar o seu amor. Isso acontece porque se pode tentar com ansiedade demais ou tentar na hora errada obter o que o seu coração deseja. Esforce-se para diminuir o desejo e escolher uma hora melhor. Em termos de conhecer pessoas, a melhor hora é quase sempre quando não nos esforçamos nem um pouco. Pare de procurar e encontrará. E se não encontrar, não vai se importar, porque não estava procurando. Esta é a arte de procurar sem procurar.
A experiência coletiva é realista e nos alerta: todas as relações são imperfeitas. Talvez tenha sido a compreensão disso que Santo Agostinho disse que a única pessoa que pode te amar verdadeiramente e plenamente é Deus, porque o amor dos homens só permite a falhas, tais como, "ciúme, desconfiança, medo, raiva e discórdia." De acordo com ele, Deus é amor “para alcançar a paz, que é a sua”. Portanto, mesmo que você encontre uma pessoa maravilhosa, nunca existirá o perfeito “felizes para sempre”.
Mas uma coisa é certa, o que caracteriza o amor é a solidariedade e a concórdia entre os indivíduos que participam do amor; o desejo de posse não entra no amor, porque a possessividade é uma característica dominante que fica nos limites da paixão, da personalidade de quem ama com “amor” apaixonado, e isso não é bem o amor.
Outro ponto que merece destaque, e que está muito em voga, é o amor por utilidade e por prazer que constituem formas incompletas de amor, porque, nessas formas, A deseja bem a B só na medida em que B é útil ou agradável para A, e não pelo valor intrínseco de B. Os amores desse tipo terminam sempre que B deixe de ser útil ou agradável para A. A terceira forma de amor, a qual Aristóteles considera amor completo, exige três condições: A ama B por ele próprio; A ama B por aquilo que ele realmente é; A ama B porque B tem um caráter virtuoso.
Visto assim, o verdadeiro amor é gratuito. Uma forma de amor fundamentado em interesses pessoais é prejudicial à felicidade. Esse tipo de amor é denominado de Pragma (do grego, "prática", "negócio") e é o Amor interessado em fazer bem a si mesmo, Amor que espera algo em troca.
O casal é, geralmente, a relação adulta fundamental. Por isso é de suma importância que se encontre a relação certa para evitar a devastação causada no término do relacionamento. Cuidar desde o início de um relacionamento potencial a dois para torná-lo sólido e eficaz, pode ser de grande importância para assegurar um resultado mutuamente satisfatório durante um longo período.
Amar não é precisar do outro porque simplesmente aprecia a companhia. O perigo do amor está justamente na desmedida e no desequilíbrio. A falta de harmonia em relação ao amor acontece quando a pessoa gosta muito mais do objeto de desejo do que o próprio desejar. O que mata qualquer relação é quando a pessoa se dedica ao relacionamento em busca de uma posse. É o ciúme possessivo nos dias de hoje. Dessa forma, o indivíduo não ama amar o outro, ela ama a “coisa outro”. Isso não é amor, pois amor não é posse.
Quando o assunto é amor e felicidade, em que sentido podemos falar em isolamento na vida moderna? A resposta é simples: quando seus participantes prolongam seu isolamento através de interações virtuais, em lugar das reais.
Encontrar um (uma) parceiro (a) de vida numa sociedade tecnológica como a nossa não é nada fácil. A mecanização do espírito que pode resultar do progresso tecnológico e como isso pode obstruir o nosso desenvolvimento como seres sociais. Com tantas interações humanas intermediadas hoje por algum tipo de interface tecnológica, seja um computador (msn e as salas de bate-papo, por exemplo) ou um telefone, o contato entre as pessoas perde a intimidade necessária para gerar relações individuais e, em conseqüência, comunidades.
Falar sobre Amor e Felicidade no mundo cibernético é delicado. Há uma tendência muito grande na sociedade atual para formar comunidades artificiais unidas por um tênue fio tecnológico, mas destituídas de qualquer tecido social verdadeiro. Obviamente que o celular, o msn e as salas de bate-papo, entre outros, expandiram o círculo de relacionamentos potenciais, mas nele corremos o risco de nos perdermos nesse leque imensurável de opções e possibilidades.
O relacionamento a dois é um desafio a ser enfrentado. E se esse desafio é encarado o motivo não pode ser outro: Para sermos plenamente humanos e felizes, precisamos estar com outras pessoas. Vemo-nos refletidos em outras pessoas, portanto as relações podem nos ajudar a nos compreendermos melhor.
Um relacionamento bem-cuidado é um tipo de felicidade. Quase todo mundo concorda que queremos relacionamentos que nos façam felizes. Então, um relacionamento amoroso que propicie felicidade se mantém no equilíbrio da balança ou no meio-termo, isto é, os dois membros têm apoio para realizarem seu potencial como indivíduos, assim como realizar o potencial do par, fazendo com que o todo seja maior que a soma das partes.
Mas a realidade é que o ser humano é egoísta e auto-referente, então, a sua felicidade pode ocorrer à custa da felicidade dos outros. O que é preciso, então, para manter um relacionamento? Eis algumas dicas:
a) interação na rotina, como decidir juntos o que comer no jantar ou um rápido beijo de despedida;
b) quanto mais algo acontece, menor o seu valor. Então um pouco de privação e inovação de algumas coisas no relacionamento é positivo;
c) a maleabilidade é a chave para a sobrevivência da relação. A natureza de uma relação é conservar algo diante de uma mudança. Isso não quer dizer que uma relação não muda, pois deve mudar. E é justamente com a mudança que é preciso saber lidar, para que ela não devaste tudo.
Um relacionamento espontaneista, privado de responsabilidades, não se edifica. Muita gente acha que o compromisso é uma perda de liberdade, mas na verdade um compromisso encarado com responsabilidades é um exercício de liberdade. Como disse Pitágoras, nenhum homem é livre se não puder comandar a si mesmo. Assim, todo relacionamento precisa admitir um compromisso fundamental, base sobre a qual irá construir. Ou seja, toda relação precisa de um forte incentivo para as pessoas continuarem juntas.
Não estou defendendo a autoridade externa pautada no eclesiástico, civil ou alguma filosofia. Mas sem quaisquer regras que orientem o casal, deixam as pessoas sem saber como agir umas com as outras. É preciso que todo relacionamento construa, se apóie e respeite boas idéias mutuamente, para que se mantenha a estabilidade e a paz.
Não se aluga uma relação. Pelo menos uma relação duradoura, pois essa requer cuidado e manutenção constante. Isso é preciso para se gerar intimidade e uma ligação profunda. Porém, há um sério problema num compromisso sólido: quando muito se conhece seu parceiro ou sua parceira, há menos razão para se ser cortês no meio de um conflito. Isso cria o potencial para a verdadeira ameaça: você sabe onde é o calo de seu parceiro e não tem medo de pisá-lo. Quando vale tudo no amor (como na guerra), alguém pode ser ferido gravemente.
Para sair desse terrível impasse, o atitude mais sensata é abrir mão de parte do seu poder em troca de uma certa segurança obtida na cooperação com o outro. Se é mais forte com o outro, não contra ele, quando se trabalha juntos para alcançar metas comuns, sem fraquejar nesse caminho. Por isso afirmo que a freqüência de opiniões conflitantes não torna uma relação duradoura. Resumindo em duas palavras: revezar-se e partilhar.
Uma relação não vive de divergências, de julgamentos precipitados, muito menos da imposição de desejo do outro. Uma coisa é fundamental em qualquer relação que queira perdurar: a disposição de investir energia para fazer a relação dar certo.
Enfim, o amor sem sofrimento exige equilíbrio, tomada de iniciativas oportunas, busca constante de aperfeiçoamento e desinteresses materiais. Seguimos aqui o ensinamento de Aristóteles: o amor cresce com a sabedoria e a virtude, porque à medida que nos tornamos mais virtuosos, também "nos desligamos dos desejos egoístas e elevamo-nos nos degraus do amor”. Primeiro só se ama a si mesmo, depois o outro e, em seguida, os outros.
Para não concluir o assunto, sugiro para o leitor algumas obras fascinantes. “História do Amor no Ocidente”, de Denis de Rougemont; “Pedagogia do Amor”, de Gabriel Chalita; “Banquete” e “Diálogos” de Platão. Outros dois grandes homens da história que deram grandes exemplos de amor e que, por isso, vale a pena ler sobre eles foram Manhatma Gandi e Jesus Cristo.
No sentido religioso e cristão do termo, o pensador Santo Agostinho dizia que existem diversas maneiras e intensidades de amar, e todas são válidas. Até as pessoas amamos com intensidades distintas, pois o amor é um sentimento individual. O erro está em inverter a intensidade do amor. Assim, as coisas terrenas são amadas pelo amor vulgar ou amor humano. As coisas que transcendem o espírito, a alma, a beleza em si devem ser amadas com o amor divino. Desse modo, pecar é você amar as criaturas com o amor de Deus. Ou amar Deus com o amor das criaturas.
Para encerrar, uma passagem da Bíblia Sagrada que sintetiza aqui o tema refletido.
“O amor é paciente, o amor é prestativo. Não inveja, não se mostra, não é orgulhoso. Não é rude, não é egoísta, não é facilmente irritável, não mantém registro de erros. O Amor não alardeia o mal, mas se regozija com a verdade. Ela sempre protege, sempre confia, sempre espera, e sempre persevera.” - 1 Cor. 13:4-7
Quais são os tipos de Amor? O que é o Amor? Como amar sem sofrer? É o amor um sentimento perfeito? E qual a relação que podemos estabelecer entre Amor e Felicidade num relacionamento?
Por Neilton Lima*
*Professor, pedagogo e pós-graduando em Psicopedagogia.
Amigo leitor, aqui está o resumo de uma extensa reflexão sobre o amor e a felicidade. Mas se você não se contenta com pouca coisa e quer ir mais a fundo, boa leitura!
Cupido em pintura de William-Adolphe Bouguereau (1825-1905)
O Amor é filho da Beleza. O afeto necessita de ser correspondido para desenvolver-se. Por isso Cupido (o Amor) andava sempre com seu arco, pronto para disparar sobre o coração de homens e deuses. Ele é tido como benéfico em razão da felicidade que concedia aos casais, no entanto, o amor tem suas dores.
RESUMO: O amor é uma unidade na diversidade, e não se confunde com sexo nem paixão. Ele é um intenso sentimento de razões próprias, onde a própria razão desconhece. Encravados nas nossas entranhas, existe um potencial de instintos carentes que ao serem canalizados pelo coração se transformam nesse sentimento sublime. Logo, o amor é uma arte, e como toda arte, se aprende e se aperfeiçoa. O amor é uma energia construtiva de conhecimento e afetividade, capaz de fazer os humanos semelhantes aos deuses. Para os filósofos Sócrates e Platão, e boa parte da Filosofia, o amor é falta. Ou seja, o amante busca no amado a Idéia - verdade essencial - que não possui. Nisto supre sua falta e se torna pleno, de modo dialético e recíproco. Assim, o amor alcança a felicidade por degraus, passando dos bens inferiores aos bens superiores, seu termo é a revelação da Verdade (o Belo). Mas para aqueles que arriscam amar o conteúdo, isto é, o objeto do seu amor, um parceiro ou uma parceira, saber amar significa afastar ou amenizar o máximo possível o sofrimento possível de uma relação.
Esse artigo vai mexer com todo mundo. Ou tem algum leitor que não deseja ser amado e feliz? “Amor” e “Felicidade”, os dois temas complexos e profundos que fundamentam esta dissertação, são polêmicos e extensos. Aliás, as grandes obras literárias, as produções cinematográficas que assistimos pasmos na telinha, as novelas que emocionam e aqueles casos pessoais de amor que temos para contar são alguns exemplos de que ambos os temas estão bem pertinho de nós, vale dizer, encravados em nós!
Para fazer justiça, o amor e a felicidade existem muito mais para ser experimentados do que explicados. Isso é categórico para um ser humano! Mas como o momento pede a arte da tradução, e nada melhor do que quem ama e é feliz para transcorrer sobre o assunto, vou tentar expor com palavras o que o coração por si só entende muito bem Para que você não faça confusão amigo leitor, iniciemos, pois, fazendo uma distinção dos tipos e feições de amor.
O amor tem múltiplos significados, entre os principais destaco afeição, misericórdia, atração, querer bem, conquista, desejo, etc. Também os tipos de amor são diversos: amor físico, amor platônico, amor materno e paterno, amor fraterno, amor a Deus, amor à vida, amor conjugal, etc. Vejamos algumas expressões gregas que definem diversos sentidos em que é usada a palavra AMOR, e que abraçam muitas das suas expressões:
1) Ágape - refere-se a um puro, ideal tipo de amor ao invés da atração física;
2) Eros - é amor apaixonado, com o desejo sensual ou “amor do corpo”. Embora eros seja inicialmente sentido por uma pessoa, com a contemplação torna-se uma apreciação da beleza dentro dessa pessoa, ou mesmo se torne apreciação da beleza própria;
3) Philia – conceito desenvolvido por Aristóteles, é o amor da mente, isto é, inclui lealdade aos amigos, familiares e comunidade, e exige força e igualdade;
4) Storge - é o afeto natural, tal como a que é sentido de pais para filhos;
5) Xênia – é o forte sentimento de hospitalidade e acolhimento.
Alguns autores discordam dessa diversidade de amor, defendendo que esse intenso sentimento é universal, ou seja, um só para qualquer área ou foco da vida a que for aplicado. A esse respeito, acredito que o amor é uno e múltiplo, isto é, uma unidade na diversidade. É uno enquanto supremo sentimento de Querer Bem; múltiplo, como manifestação das possibilidades de amar, o que amar como amar ou quem amar.
Tudo parece ficar mais claro quando se tem uma definição exata do objeto analisado. Então, o que é o amor? Ora, defini-lo seria matar toda a poesia, zombar de Deus e minimizar a grandeza do coração. Aliás, dizia Blaise Pascal: o coração tem razões que a própria razão desconhece. Para trabalhar essa pergunta, vou buscar recursos no campo filosófico, tão profundo como o próprio amor. Até porque, filosofia significa amor à sabedoria. Filosoficamente, o amor é uma busca pelo que falta, e esta lacuna pode ser preenchida por diversos tipos de objeto, havendo entre eles o maior de todos: o conhecimento.
Para não deixar meu amigo leitor desamparado, vamos diferenciar amor de sexo e paixão. O sexo está relacionado à atração física. Na atração física residem os nossos instintos atrelados ao nosso estado fisiológico como as necessidades sexuais, prazer e perpetuidade da espécie. Se você quiser, amigo leitor, aprofundar cantarolando essa diferenciação, sugiro a música de Rita Lee “amor e sexo”. Já a paixão é um amor violento, obsessivo, doentio, limitado ao corpóreo. Logo é uma enfermidade ou inconstância pertencente ao campo sensível. A paixão é um forte sentimento que se pode tomar até mesmo como uma patologia provinda do amor. Manifestada a paixão em devida circunstância, o indivíduo tende a ser menos racional, priorizando o instinto de possuir o objeto que lhe causou o desejo. Sendo assim, o apaixonado pode transcender seus limites no que tange a razão e, em situações extremas, beira a obsessão. “Como o lobo ama o cordeiro, ama o apaixonado o seu amado”, dizia Sócrates.
Diferenças apontadas, barreiras traçadas. E o amor, como fica?
Na concepção do filósofo Sócrates, o sentimento do amor é carência. Carente do que é belo e bom, tudo o que não tem. Logo, não amamos aquilo que já temos no presente, mas amamos aquilo que queremos para nós. Porque não temos é que queremos. Assim, o amor é certo tipo de desejo que busca aquilo que não tem. O amor é complemento.
Marte e Venus, por Sandro Botticelli.
Na mitologia grega o Amor (Cupido ou Eros) é filho da deusa da Beleza (Vênus) e de Ares (deus da guerra sangrenta). Isso significa que o amor possui alegrias e dores.
Na mitologia grega o Amor (Cupido ou Eros) é filho da deusa da Beleza (Vênus) e de Ares (deus da guerra sangrenta). Isso significa que o amor possui alegrias e dores.
Se notarmos bem, na mitologia grega os deuses são eternamente felizes e belos. Como o amor é um ser desejoso de algo que não possui, logo ele não é um deus. Mas também o amor não é imperfeito, logo também não é um mortal. O amor é algo entre o mortal e o imortal, um intermediário entre os homens e os deuses. Visto assim, as atividades do amor são: penúria (miséria) e recurso (fartura), avidez pela sabedoria, coragem, decisão e energia, mas também pobreza, dureza, falta de lar, desabrigo e desconforto. Por isso o amor nem enriquece, nem empobrece; mas está sempre a meio caminho da sabedoria e da ignorância.
E qual a conclusão disso? O amor é o sentimento que nos faz semelhantes aos deuses, não iguais a eles. Amar é experimentar na terra a divindade que há em nós, tornando real a possibilidade de sermos tais quais os deuses no mundo terrestre, assim como de conduzir a quem amamos pelo mesmo caminho. Logo, estamos vivendo o constante aprendizado amoroso, isto é, aprendendo a amar amando. E o que significa saber amar? Respondo: saber amar significa afastar o sofrimento. E como amar sem sofrer? Se tiver a resposta, amigo leitor, deixe no final deste ensaio um comentário, por favor (rsrsrs). Mas adiante darei algumas dicas.
O amor-perfeito é uma flor alegre, de lindo colorido e forte resistência. Ela é o símbolo da glorificação do trabalho, mas também está associado ao amor romântico, duradouro, amor para toda a vida. Representa recordação, reflexão. Em francês, anuncia “le pansée”, o pensamento, o pedido de retorno, a força de atração que o pensamento exerce sobre as coisas, O AMOR.
Podemos conceber o amor feliz para sempre, sem brigas ou conflitos? Só se for na idéia. O amor verdadeiramente “perfeito” não se consuma no plano sensível, restringindo-se ao ardor do nosso pensamento. Na realidade, quando o amor sai da idealidade, e parte para a vida concreta, ou seja, deixa de ser objeto de sonhos e de fantasias dos enamorados, perde a perfeição imaculada que a idéia torna possível.
O amor pleno e perfeito idealizado por Platão só existe no “mundo das idéias” e por isso mesmo foi adjetivado de “Amor Platônico”. O que é “amor platônico”? É o amor não correspondido, aquele em que o amante apenas contempla a pessoa amada. Um amor perfeito que só existe na verdade do pensar. Isso significa que, quando alguém junta as trouxas e os cacos com a pessoa amada, e arca com a felicidade da realização desse amor, com seus problemas e suas contingências inerentes, descobre-se que ele não é tão perfeito assim. Aqui cai muito bem o famoso jargão: “Na teoria tudo é muito lindo, mas na prática é outra”.
Para Platão as coisas, e tudo o que está no mundo sensível, são cópias imperfeitas da realidade. Às idéias primeiras, universais ou essências a que remetem as coisas é que reside a verdade ou mundo inteligível acessado pelo pensamento. No plano sensível estão as cópias das Idéias, que são apreendidas pelos sentidos. Isso significa que o verdadeiro é o amor da alma pelo conhecimento e pelo lado espiritual da vida, ou seja, o verdadeiro amor em Platão é um impulso de vida para a sabedoria e não necessariamente para uma pessoa. Por isso filósofo é aquele que ama a sabedoria, e faz como parceira para o resto da vida a Filosofia.
Mas meu amigo leitor pode dizer: Ney, mesmo com suas imperfeições, eu prefiro amar um depravado ou uma mulher que dê lá as minhas dores de cabeça. Então, como amenizar o inevitável? Ou seja, como amar sem tanto sofrer? Bem, para aqueles que pensam como Aristófones, e acham que temos uma alma-gêmea:
Ficamos mutilados em dois, e cada um anseia por encontrar a metade que corresponde e, quando a encontra, a ela se une e envolve-se com desejo de se fundir um no outro. Os amantes, no ardor do amor, confundem-se desejando ser apenas um, e a mais dilacerante dor para aquele que encontra sua metade é se ver privado dela. Nossa natureza originária era inteira e não cortada, por isso, ao mesmo tempo em que encontramos o nosso pedaço, também nos reencontramos.
O princípio de moderação de Aristóteles também é aplicável no amor. A ausência ou excesso de amor (apaixonado ou sexual) pode causar distúrbios psicológicos sérios. Temos aí no primeiro o Transtorno de Aversão Sexual e, no outro, o Desejo Sexual Hiperativo (DSH). No primeiro caso o desejo sexual é praticamente nulo; no segundo caso, já temos o desejo em excesso. Neste quadro, a desregulação ou falta de controle da motivação sexual causam a erotomania e a ninfomania, termos que indicam um exagero do desejo sexual por parte de um homem e de uma mulher, respectivamente. Ou seja, o amor sexual demasiado e descontrolado é doença mental.
Os danos causados pelo amor compulsivo podem ser relacionados também nos níveis diferentes de adição ao sexo, desde masturbação compulsiva e prostituição, a alguns comportamentos parafílicos (perversos) como exibicionismo, voyeurismo ou mesmo pedofilia e estupro.
Hoje em dia, com o maior acesso aos meios de comunicação como internet, encontramos uma nova modalidade de hipersexualidade: compulsão sexual virtual (sexo virtual), atingindo mais de 2.000.000 de pessoas que gastam de 15 a 25 horas em frente ao computador navegando em sites de sexo.
Esses exemplos mostram que o amor desregulado causa perversões e sofrimentos. Então para ser feliz e não sofrer com esse sentimento, é preciso que se ame de forma inteligente e equilibrada.
Muita gente sofre nas tentativas frustradas de encontrar o seu amor. Isso acontece porque se pode tentar com ansiedade demais ou tentar na hora errada obter o que o seu coração deseja. Esforce-se para diminuir o desejo e escolher uma hora melhor. Em termos de conhecer pessoas, a melhor hora é quase sempre quando não nos esforçamos nem um pouco. Pare de procurar e encontrará. E se não encontrar, não vai se importar, porque não estava procurando. Esta é a arte de procurar sem procurar.
A experiência coletiva é realista e nos alerta: todas as relações são imperfeitas. Talvez tenha sido a compreensão disso que Santo Agostinho disse que a única pessoa que pode te amar verdadeiramente e plenamente é Deus, porque o amor dos homens só permite a falhas, tais como, "ciúme, desconfiança, medo, raiva e discórdia." De acordo com ele, Deus é amor “para alcançar a paz, que é a sua”. Portanto, mesmo que você encontre uma pessoa maravilhosa, nunca existirá o perfeito “felizes para sempre”.
Mas uma coisa é certa, o que caracteriza o amor é a solidariedade e a concórdia entre os indivíduos que participam do amor; o desejo de posse não entra no amor, porque a possessividade é uma característica dominante que fica nos limites da paixão, da personalidade de quem ama com “amor” apaixonado, e isso não é bem o amor.
Outro ponto que merece destaque, e que está muito em voga, é o amor por utilidade e por prazer que constituem formas incompletas de amor, porque, nessas formas, A deseja bem a B só na medida em que B é útil ou agradável para A, e não pelo valor intrínseco de B. Os amores desse tipo terminam sempre que B deixe de ser útil ou agradável para A. A terceira forma de amor, a qual Aristóteles considera amor completo, exige três condições: A ama B por ele próprio; A ama B por aquilo que ele realmente é; A ama B porque B tem um caráter virtuoso.
Visto assim, o verdadeiro amor é gratuito. Uma forma de amor fundamentado em interesses pessoais é prejudicial à felicidade. Esse tipo de amor é denominado de Pragma (do grego, "prática", "negócio") e é o Amor interessado em fazer bem a si mesmo, Amor que espera algo em troca.
O casal é, geralmente, a relação adulta fundamental. Por isso é de suma importância que se encontre a relação certa para evitar a devastação causada no término do relacionamento. Cuidar desde o início de um relacionamento potencial a dois para torná-lo sólido e eficaz, pode ser de grande importância para assegurar um resultado mutuamente satisfatório durante um longo período.
Cupido (Eros) e Psique, em tela de François Gérard.
O amor e a alma em pleno equilíbrio podem viver felizes para sempre. Juntos, representam a integração harmoniosa dos opostos, que projeta o ser humano numa vivência amadurecida. Ou seja, um amor humanizado, trabalhado, que transmuta e faz crescer os que partilham esse sentimento.
O amor e a alma em pleno equilíbrio podem viver felizes para sempre. Juntos, representam a integração harmoniosa dos opostos, que projeta o ser humano numa vivência amadurecida. Ou seja, um amor humanizado, trabalhado, que transmuta e faz crescer os que partilham esse sentimento.
Amar não é precisar do outro porque simplesmente aprecia a companhia. O perigo do amor está justamente na desmedida e no desequilíbrio. A falta de harmonia em relação ao amor acontece quando a pessoa gosta muito mais do objeto de desejo do que o próprio desejar. O que mata qualquer relação é quando a pessoa se dedica ao relacionamento em busca de uma posse. É o ciúme possessivo nos dias de hoje. Dessa forma, o indivíduo não ama amar o outro, ela ama a “coisa outro”. Isso não é amor, pois amor não é posse.
Quando o assunto é amor e felicidade, em que sentido podemos falar em isolamento na vida moderna? A resposta é simples: quando seus participantes prolongam seu isolamento através de interações virtuais, em lugar das reais.
Encontrar um (uma) parceiro (a) de vida numa sociedade tecnológica como a nossa não é nada fácil. A mecanização do espírito que pode resultar do progresso tecnológico e como isso pode obstruir o nosso desenvolvimento como seres sociais. Com tantas interações humanas intermediadas hoje por algum tipo de interface tecnológica, seja um computador (msn e as salas de bate-papo, por exemplo) ou um telefone, o contato entre as pessoas perde a intimidade necessária para gerar relações individuais e, em conseqüência, comunidades.
Falar sobre Amor e Felicidade no mundo cibernético é delicado. Há uma tendência muito grande na sociedade atual para formar comunidades artificiais unidas por um tênue fio tecnológico, mas destituídas de qualquer tecido social verdadeiro. Obviamente que o celular, o msn e as salas de bate-papo, entre outros, expandiram o círculo de relacionamentos potenciais, mas nele corremos o risco de nos perdermos nesse leque imensurável de opções e possibilidades.
O relacionamento a dois é um desafio a ser enfrentado. E se esse desafio é encarado o motivo não pode ser outro: Para sermos plenamente humanos e felizes, precisamos estar com outras pessoas. Vemo-nos refletidos em outras pessoas, portanto as relações podem nos ajudar a nos compreendermos melhor.
Um relacionamento bem-cuidado é um tipo de felicidade. Quase todo mundo concorda que queremos relacionamentos que nos façam felizes. Então, um relacionamento amoroso que propicie felicidade se mantém no equilíbrio da balança ou no meio-termo, isto é, os dois membros têm apoio para realizarem seu potencial como indivíduos, assim como realizar o potencial do par, fazendo com que o todo seja maior que a soma das partes.
Mas a realidade é que o ser humano é egoísta e auto-referente, então, a sua felicidade pode ocorrer à custa da felicidade dos outros. O que é preciso, então, para manter um relacionamento? Eis algumas dicas:
a) interação na rotina, como decidir juntos o que comer no jantar ou um rápido beijo de despedida;
b) quanto mais algo acontece, menor o seu valor. Então um pouco de privação e inovação de algumas coisas no relacionamento é positivo;
c) a maleabilidade é a chave para a sobrevivência da relação. A natureza de uma relação é conservar algo diante de uma mudança. Isso não quer dizer que uma relação não muda, pois deve mudar. E é justamente com a mudança que é preciso saber lidar, para que ela não devaste tudo.
Jovem defendendo-se de Eros, pintura de William-Adolphe Bouguereau (1825-1905)
Um relacionamento espontaneista, privado de responsabilidades, não se edifica. Muita gente acha que o compromisso é uma perda de liberdade, mas na verdade um compromisso encarado com responsabilidades é um exercício de liberdade. Como disse Pitágoras, nenhum homem é livre se não puder comandar a si mesmo. Assim, todo relacionamento precisa admitir um compromisso fundamental, base sobre a qual irá construir. Ou seja, toda relação precisa de um forte incentivo para as pessoas continuarem juntas.
Não estou defendendo a autoridade externa pautada no eclesiástico, civil ou alguma filosofia. Mas sem quaisquer regras que orientem o casal, deixam as pessoas sem saber como agir umas com as outras. É preciso que todo relacionamento construa, se apóie e respeite boas idéias mutuamente, para que se mantenha a estabilidade e a paz.
Não se aluga uma relação. Pelo menos uma relação duradoura, pois essa requer cuidado e manutenção constante. Isso é preciso para se gerar intimidade e uma ligação profunda. Porém, há um sério problema num compromisso sólido: quando muito se conhece seu parceiro ou sua parceira, há menos razão para se ser cortês no meio de um conflito. Isso cria o potencial para a verdadeira ameaça: você sabe onde é o calo de seu parceiro e não tem medo de pisá-lo. Quando vale tudo no amor (como na guerra), alguém pode ser ferido gravemente.
Para sair desse terrível impasse, o atitude mais sensata é abrir mão de parte do seu poder em troca de uma certa segurança obtida na cooperação com o outro. Se é mais forte com o outro, não contra ele, quando se trabalha juntos para alcançar metas comuns, sem fraquejar nesse caminho. Por isso afirmo que a freqüência de opiniões conflitantes não torna uma relação duradoura. Resumindo em duas palavras: revezar-se e partilhar.
Uma relação não vive de divergências, de julgamentos precipitados, muito menos da imposição de desejo do outro. Uma coisa é fundamental em qualquer relação que queira perdurar: a disposição de investir energia para fazer a relação dar certo.
Enfim, o amor sem sofrimento exige equilíbrio, tomada de iniciativas oportunas, busca constante de aperfeiçoamento e desinteresses materiais. Seguimos aqui o ensinamento de Aristóteles: o amor cresce com a sabedoria e a virtude, porque à medida que nos tornamos mais virtuosos, também "nos desligamos dos desejos egoístas e elevamo-nos nos degraus do amor”. Primeiro só se ama a si mesmo, depois o outro e, em seguida, os outros.
Para não concluir o assunto, sugiro para o leitor algumas obras fascinantes. “História do Amor no Ocidente”, de Denis de Rougemont; “Pedagogia do Amor”, de Gabriel Chalita; “Banquete” e “Diálogos” de Platão. Outros dois grandes homens da história que deram grandes exemplos de amor e que, por isso, vale a pena ler sobre eles foram Manhatma Gandi e Jesus Cristo.
No sentido religioso e cristão do termo, o pensador Santo Agostinho dizia que existem diversas maneiras e intensidades de amar, e todas são válidas. Até as pessoas amamos com intensidades distintas, pois o amor é um sentimento individual. O erro está em inverter a intensidade do amor. Assim, as coisas terrenas são amadas pelo amor vulgar ou amor humano. As coisas que transcendem o espírito, a alma, a beleza em si devem ser amadas com o amor divino. Desse modo, pecar é você amar as criaturas com o amor de Deus. Ou amar Deus com o amor das criaturas.
Para encerrar, uma passagem da Bíblia Sagrada que sintetiza aqui o tema refletido.
“O amor é paciente, o amor é prestativo. Não inveja, não se mostra, não é orgulhoso. Não é rude, não é egoísta, não é facilmente irritável, não mantém registro de erros. O Amor não alardeia o mal, mas se regozija com a verdade. Ela sempre protege, sempre confia, sempre espera, e sempre persevera.” - 1 Cor. 13:4-7
Aquele Abraço!
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